Pensando de outro modo um tipo de conteúdo proposto pela Educação Matemática Crítica dentro da educação matemática

Este artigo tem como objetivo analisar uma tecnologia de governo evocada para a efetivação de possíveis posições de sujeito (docentes e discentes) em um currículo-EMC. Recorrendo à analise de discurso foucaultiana, utiliza como corpus especializado de análise trabalhos que foram publicados em revis...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Júlio César Gomes Oliveira, Marcio Antonio da Silva
Formato: article
Lenguaje:PT
Publicado: Universidade do Estado de Santa Catarina 2020
Materias:
L
Acceso en línea:https://doaj.org/article/1856c4ec30494151847b10435316ecdf
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Descripción
Sumario:Este artigo tem como objetivo analisar uma tecnologia de governo evocada para a efetivação de possíveis posições de sujeito (docentes e discentes) em um currículo-EMC. Recorrendo à analise de discurso foucaultiana, utiliza como corpus especializado de análise trabalhos que foram publicados em revistas da educação matemática e no Encontro Nacional de Educação Matemática (2010, 2013, 2016). Apresenta como resultado um enunciado construído nas análises: conteúdo enfatiza um trabalho com foco na realidade dos estudantes, destacando problemas relevantes e interessantes que abordam questões sociais. O estudo conclui que um currículo-EMC cria sua própria tecnologia de governo para produção de sujeitos, por meio do uso de técnicas e procedimentos que são colocados a operar para reforçar o seu próprio discurso. Assim, o enunciado produzido estaria relacionado a uma das técnicas deste campo tecnológico, qual seja, técnica de trabalhar o conteúdo com foco na realidade dos estudantes. São destacados três pontos: (i) nessa técnica, a realidade pensada por um currículo-EMC envolve problemas do cotidiano, de professores e alunos, que possuem aspectos coletivos e não, simplesmente, individuais, (ii) essa técnica faz funcionar uma prática não coercitiva, mas que estabelece relações de poder que propõem um modo de governar sem governar por intermédio de um jogo estratégico entre as liberdades e (iii) essa técnica, também, propõe outras relações de poder como, por exemplo, que estudantes e professores sejam inseridos em um contexto em que a própria matemática adquire status de ciência legitimada e reconhecida como capaz de tratar de problemas reais.