Competências em práticas letradas de estudantes de Ensino Médio no contexto da desordem informacional

Este artigo objetiva discutir competências de alunos de Ensino Médio em práticas sociais de leitura e escrita mediadas por mídias digitais, no contexto da desordem informacional e no tocante à identificação de informação falsa. O estudo ancora-se nos pressupostos dos Novos Estudos de Letramentos (N...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Ana Cláudia Bertini Ciencia
Formato: article
Lenguaje:PT
Publicado: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 2021
Materias:
Acceso en línea:https://doaj.org/article/c748c8c2dc8d41e097d0280de4afe37a
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Sumario:Este artigo objetiva discutir competências de alunos de Ensino Médio em práticas sociais de leitura e escrita mediadas por mídias digitais, no contexto da desordem informacional e no tocante à identificação de informação falsa. O estudo ancora-se nos pressupostos dos Novos Estudos de Letramentos (New Literacy Studies), especificamente no que se refere à formação do leitor, a partir dos quais se descrevem e discutem orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O conjunto do material é formado por 105 produções textuais coletadas em uma escola pública de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, no primeiro semestre de 2019. Embora tanto a coleta do material quanto a BNCC sejam anteriores à pandemia da covid-19, faz-se pertinente problematizar também essa crise sanitária, a qual potencializou um contexto de “infodemia” e evidenciou desigualdades no acesso à educação. A análise dos dados demonstra que os estudantes de Ensino Médio são competentes em reconhecer informação falsa com base em critérios relacionados ao uso de norma culta. No entanto, parecem desconhecer questões não relacionadas diretamente a aspectos linguísticos e ignorar o atravessamento de vozes e crenças particulares no processo da desordem informacional. O trabalho aponta para o confronto entre as expectativas e orientações da BNCC e os letramentos que precisam ser discutidos e trabalhados pela instituição escolar, pensando, principalmente (mas não apenas) numa vida pós-pandemia.